Colocando a vida em ordem com as dicas de
Bruce Lee
Augusto Campos
Bruce Lee tem uma história de
vida interessante.
Além de ter sido um ícone
cultural como o principal responsável pelo início da onda de interesse
ocidental por artes marciais nos anos 60 e 70, ele também influenciou o cinema
no ocidente e oriente, e é visto por muitos como um modelo na busca da
eficiência física e no domínio das artes marciais.
Não é um
fato amplamente conhecido fora do círculo dos fãs, mas Bruce Lee também era
graduado em Filosofia, pela Universidade de Washington.
E a visão
adquirida desta forma transpira para seus métodos e mesmo para seus livros de
artes marciais.
Quem leu o
livro “Getting things done” (GTD) e conhece a citação de “mind like water”,
sobre buscar ter a mente maleável e adaptável como a água, que simplesmente
absorve o que é jogado dentro dela, se agita apenas durante o processo, e logo
retorna ao seu estado original, talvez se surpreenda ao saber que Bruce Lee
também defendia o mesmo princípio.
Aliás, David
Allen, o autor do GTD, também era praticante de artes marciais.
E as dicas
de filosofia de vida que Bruce Lee registrou, quando analisadas separadamente,
podem dar boa inspiração e provocar insights.
Henrik
Edberg montou uma pequena coletânea das dicas de Bruce Lee para colocar a vida
em ordem, e eu trago a vocês algumas delas, com a minha própria interpretação:
O que você está pensando – hoje?
- Nossos pensamentos, planos e intenções do
dia-a-dia devem refletir nossas metas e objetivos de vida, ou de longo
prazo.
- A tendência é que aquilo que nós pensamos ou pretendemos a cada dia sirva de guia ou de limitação para o que podemos alcançar e produzir, e é muito fácil perder a coerência entre o curto e longo prazos
- Simplifique.
- A tendência de quem está procurando melhorar a vida é buscar
acrescentar coisas.
- E pode ser bom, mas muitas vezes não temos o
tempo ou a energia para realizar (ou aproveitar) o que buscamos
acrescentar.
- Bruce Lee descreveu a sua visão sobre isso
assim: “Não é o acréscimo diário, mas o decréscimo diário.
- Corte fora o que não for essencial”.
- Definir o
que é essencial depende de cada um, mas o número de pessoas que eu conheço
que estão estressadas por tentar fazer muitas coisas ao mesmo tempo só
aumenta.
- Aprenda sobre você mesmo observando as suas
interações.
- Ou, como disse Bruce Lee, conhecer a si é
estudar a si mesmo em ação com outras pessoas.
- Como as pessoas interagem com você, ou como
reagem à sua presença ou às suas ações, pode ensinar muito a você.
- Todo mundo já ouviu isso, mas sempre vale
lembrar que o que vemos, percebemos e entendemos sobre as outras pessoas
pode muitas vezes ser um reflexo do que nós mesmos somos.
- Veja o todo, e não apenas o seu lado.
- Não divida.
- Na hora de analisar algo, deixe de lado o
posicionamento, a busca de saber quem está certo e quem está errado.
- Exceto nos momentos em que desejar ser
conduzido pelas suas emoções, se você quer compreender algo, não seja a
favor ou contra, observe a partir de uma perspectiva externa – conduza seu
pensamento e suas emoções.
- Não dependa de validação dos outros.
- Como disse Lee, “não estou neste mundo para
satisfazer as suas expectativas, e você não está aqui para satisfazer as
minhas.”
- E mais: “se exibir é a idéia que um tolo faz
sobre a glória”.
- Depender de validação dos outros é uma busca
sem fim, e acaba permitindo que os outros (mesmo sem saber) tenham o
controle de como você se sente.
- Seja proativo.
- Uma coisa é compreender as circunstâncias, e
outra é criar oportunidades.
- É mais difícil não se limitar a seguir o que o
resto do rebanho já está fazendo.
- Mas é mais recompensador, e mais efetivo,
liderar e criar a oportunidade de se alcançar os objetivos, apesar das
circunstâncias.
- Seja você.
- Não adianta encontrar modelos e personalidades
bem-sucedidas e tentar repetir seus passos.
- Você precisa ser você mesmo, expressar quem
você é, e ter fé – no estilo “eu sou mais eu”.
- Seja genuíno e autêntico, e defenda quem você
realmente é, e não um personagem.
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