Sete
dicas valiosas para um 2012 de muita paz
ANDRÉ LIMA
A inquietação e a ansiedade
humana nos leva a buscar e desejar inúmeras realizações em todos os campos da
vida: financeiro, profissional, amoroso e saúde física.
No fundo acreditamos que ao
concretizarmos esses objetivos finalmente nos sentiremos completos.
E o que significa essa
completude mas profundamente?
Significa nos sentirmos em paz,
sem ansiedade.
Entretanto, os mais experientes
já devem ter percebido que há uma ilusão nesse processo.
Concretizamos novos objetivos
(aumento da renda, novo apartamento, novo relacionamento, ter um filho e etc.),
temos uma sensação inicial de bem estar, mas é passageira.
Logo vem novamente a ansiedade e
então iremos buscar mais coisas e realizações para que finalmente possamos nos
sentir completos.
Quando vivemos dessa forma,a
felicidade e a paz interior estão sempre no futuro.
O agora, que é a única realidade
que existe, tem apenas breves momentos de alívio.
Depositamos as expectativas no
futuro, que não existe, e deixamos de viver em paz no agora.
Como assim "o futuro não
existe?".
Alguém pode questionar isso.
O futuro existe apenas em forma
de pensamentos que geramos.
É apenas uma imagem mental ou um
punhado de pensamentos.
Você já conseguiu chegar no futuro?
Nunca.
Toda a vez que ele chega, ele é
vivido como o agora, que é a única realidade que existe.
Alguns demoram a perceber que viver
dessa forma serve apenas para alimentar a ansiedade.
O ego vive dessa maneira sempre
no futuro e fugindo do agora.
Quando ficamos em paz no
presente, os objetivos se concretizam com muito mais facilidade.
Só que o ego inverte a ordem das
coisas querendo que os objetivos nos tragam paz.
Primeira dica:
Decida que a paz interior é o
que é mais importante para sua vida.
Afirme pra você mesmo: "Me
sentir em paz é o que mais importa pra mim, eu escolho a paz
interior".
Repita essa frase muitas e
muitas vezes até que essa idéia se torne parte do seu ser, se refletindo nos
seus pensamentos e ações.
Se a paz interior é o mais
importante para a sua vida, você irá escolher viver o agora, pois viver no
futuro e ficar em paz é incompatível.
Sim, você poderá fazer o
planejamento para atingir um objetivo.
Poderá pensar no futuro para
concretizar algo, mas assim que terminar de planejar, você voltará ao presente.
Gradualmente você viverá a ordem
natural das coisas: viver o agora a maior parte do tempo e fazer breves visitas
ao futuro por meio dos seus pensamentos.
Segunda dica:
A segunda dica para ficar em paz
é aceitar cada momento que surge do jeito que ele é.
Indubitavelmente muitos momentos
se apresentarão de uma forma que você não deseja.
Observe a sua reação.
Você sente a contrariedade tomar
conta de você?
Lembre-se novamente da
afirmação:
"Me sentir em paz é o que mais
importa, eu escolho a paz interior".
Você pode ainda completar:
"Eu escolho a
aceitação".
Aceite o agora como ele se
apresenta.
Favor não confundir aceitação
com conformismo, inoperância ou falta de atitude.
Se é possível fazer algo para
mudar a situação para melhor, faça.
Mas escolha se sentir em paz
primeiro e depois aja.
Agindo dessa forma suas ações
serão muito mais eficazes.
Não condicione o seu bem estar a
resolução da situação.
E caso não seja mesmo possível
fazer nada para mudar, apenas aceite total e incondicionalmente e fique em paz.
Aceitar significa não criar uma
resistência interior aquilo que já é.
Brigar com aquilo que já é,é
insanidade, coisa do ego.
A mente egóica irá tentar
convencê-lo a brigar mentalmente com a situação tirando a sua tranquilidade.
Fique atento, observe, e não dê
energia a esses pensamentos.
A repetição das afirmações de
paz irá ajudá-lo a manter-se firme no seu propósito.
Terceira dica:
Tenha muita paciência com você
mesmo.
Viver no agora e praticar a aceitação
exige treino.
A mente vem sendo condicionada
há muitas gerações a funcionar de determinada maneira.
O impulso da não aceitação e de
viver no futuro será forte no início.
Mas, gradativamente, com
persistência e paciência o padrão vai mudando.
Vale a pena insistir.
Quarta dica:
Pare de reclamar de qualquer
coisa que seja: governo, marido, filhos, fila do banco, engarrafamento,
impostos, funcionários, de você mesmo, dos homens, das mulheres, do seu
corpo...
A reclamação é a manifestação
mais clara da não aceitação.
Qual é a sensação interior que
surge quando começamos a reclamar?
É algo agradável?
Traz paz interior?
Claro que não.
Do ponto de vista prático,
reclamar não muda em nada a situação e nos faz sentir mal.
Um
esclarecimento.
Parar de reclamar não significa
ficar cego ou deixar de reconhecer o mal funcionamento de alguma coisa e
as atitudes negativas de alguém.
Continuamos vendo tudo, mas sem
gerarmos a negatividade no nosso interior que apenas nos prejudica.
Podemos ainda tomar atitudes
caso esteja a nosso alcance.
Mas primeiro lembre-se que ficar
em paz é seu maior objetivo, e depois aja.
Quinta dica:
Afasta-se cada vez mais do
noticiário da televisão, jornais, revista e internet.
Muita ansiedade, pessimismo,
medo e outros sentimentos são causados ou alimentados pela pesada carga de
negatividade que as pessoas absorvem diariamente.
As pessoas e a sua própria mente
tentarão convencê-lo de que é preciso estar informado para não ficar
"alienado".
Mas o que observamos é que cada
vez mais as pessoas ficam alienadas por consumirem informação demais.
Se tornam negativas e cheias de
crenças limitantes, mas pensam que são pessoas realistas e bem informadas.
Sexta dica:
Busque auto-conhecimento e
ferramentas que podem ajudá-lo.
Existem inúmeras técnicas e
tratamentos:
Pratique EFT(Acupuntura emocional
sem agulhas), pratique Ho'oponopono (técnica de cura havaiana), use
florais, receba Reiki, pratique meditação, receba massagem, pratique alguma
forma de arte (dançar, pintar, cantar...), invista em cursos de auto-conhecimento,
invista em trabalhos terapêuticos, e etc...
Sétima dica:
Observe a sua mente tentando
tirar a sua paz interior.
É apenas um velho
condicionamento.
De repente você se pega
relembrando de uma situação do passado e dizendo "eu deveria ter feito
isso e aquilo", "foi muito desrespeito de fulano", "quem
ele pensa que é".
Às vezes surgem lembranças de
situações desagradáveis do passado e as alimentamos de forma automática com
comentários e pensamentos.
E outras vezes surgem discussões
mentais que nem houveram.
Imaginamos o que deveríamos ter
dito e também coisas que e o outro nem disse, mas que supomos que ele deve ter
pensado.
É muita viagem mental.
Mais uma vez, ao se dar conta
desses pensamentos, tenha muita paciência com você mesmo.
Aceite-os e procure não dar mais
energia pra eles.
As frases de paz interior o
ajudarão novamente a manter o foco.
Pratique o perdão.