quarta-feira, 23 de novembro de 2011





LIVRO
O PODER DO SILÊNCIO
De ECKHART TOLLE

Trechos  sequenciais do livro O PODER DO SILÊNCIO.

PREFÁCIO
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Um verdadeiro mestre espiritual não tem nada a nos ensinar no sentido convencional da palavra, não tem nada a nos dizer ou acrescentar.
Nenhuma nova informação, nenhum novo credo ou novas regras de comportamento.
A única função desse mestre é ajudar-nos a eliminar aquilo que nos separa da verdade do que somos, uma verdade que já conhecemos lá no fundo de nós mesmos.
O mestre espiritual existe para descobrir e revelar essa dimensão mais profunda do nosso ser, que é também a paz.
... ... ...
As palavras são só indicadores.
Aquilo que elas mostram não pode ser encontrado no reino do pensamento, mas numa dimensão dentro de você, mais profunda e infinitamente mais vasta do que o pensamento.
Uma das características dessa dimensão é uma paz vibrante e viva.
Portanto, quando você sentir uma paz interior aflorando durante a leitura, saiba que o livro está cumprindo seu objetivo e sua função de mestre: ele estará lembrando quem você é e mostrando o caminho de volta às origens, que é a sua casa fundamental.
... ... ...
Como os pensamentos vêm do silêncio e da calma, eles têm um poder especial - o poder de levar você para o mesmo silêncio e calma de onde vieram.
Esse silêncio e essa calma são também paz interior, e essa paz é a essência do seu ser.
Eckhart Tolle

capítulo um
Descrição: Descrição: Eckhart Tolle - separador parágrafo
SILÊNCIO E CALMA

A calma é nossa natureza essencial.
O que é a calma?
É o espaço interior ou a consciência onde as palavras desta página são assimiladas e se transformam em pensamentos.
Sem essa consciência, não haveria percepção, não haveria pensamentos nem mundo.
Você é essa consciência em forma de pessoa.

Quando você perde contato com sua calma interior, perde contato com você mesmo.
Quando perde esse contato, fica perdido no mundo.
Sua mais íntima noção de si mesmo, de quem você é, não pode ser separada da calma.
Ela é o eu sou, mais profundo do que seu nome e sua forma externa.

O equivalente ao barulho externo é o barulho interno do pensamento.
O equivalente ao silêncio externo é a calma interior.
Sempre que houver silêncio à sua volta, ouça-o.
Isso significa: apenas perceba-o.
Preste atenção nele.
Ouvir o silêncio desperta a dimensão de calma que já existe dentro de você, porque é só através da calma que você pode perceber o silêncio.
Veja que, quando percebe o silêncio à sua volta, você não está pensando.
Está consciente do silêncio, mas não está pensando.
Quando você percebe o silêncio, instala-se imediatamente uma calma alerta no seu interior.
Você está presente. Nesses momentos você se liberta de milhares de anos de condicionamento humano coletivo.

Olhe para uma árvore, uma flor, uma planta.
Deixe sua atenção repousar nelas.
Note como estão calmas, profundamente enraizadas no Ser. Deixe que a natureza lhe ensine o que é a calma.

Quando você olha para uma árvore e percebe a calma da árvore, você também se acalma.
Você se conecta à árvore num nível muito profundo.
Você sente uma unidade com tudo o que percebe na calma e através dela.
Sentir a sua unidade com todas as coisas é amor.

O silêncio ajuda, mas você não precisa dele para encontrar a calma.
Mesmo se houver barulho por perto, você pode perceber a calma por baixo do ruído, do espaço em que surge o ruído.
Esse é o espaço interior da percepção pura, da própria consciência.
Você pode se dar conta dessa percepção como um pano de fundo para tudo o que seus sentidos apreendem, para todos os seus pensamentos.
Dar-se conta da percepção é o início da calma interior. Qualquer barulho perturbador pode ser tão útil quanto o silêncio. De que forma?
Abolindo a sua resistência interior ao barulho, deixando-o ser como é.
Essa aceitação também leva você ao reino da paz interior que é a calma.
Sempre que aceitar profundamente o momento como ele é - qualquer que seja a sua forma -, você experimenta a calma e fica em paz.
Preste atenção nos intervalos - o intervalo entre dois pensamentos, o curto e silencioso espaço entre as palavras e frases numa conversa, entre as notas de um piano ou de uma flauta ou o intervalo entre a inspiração e a expiração.
Quando você presta atenção nesses intervalos, a percepção de "alguma coisa" se torna apenas percepção.
Dentro de você surge a pura consciência desprovida de qualquer forma.
Você deixa então de identificar-se com a forma.

A verdadeira inteligência atua silenciosamente.
A calma é o lugar onde a criatividade e a solução dos problemas são encontradas.

Será que a calma e o silêncio são apenas a ausência de barulho e de conteúdo?
Não, a calma e o silêncio são a própria inteligência, a consciência básica da qual provêm todas as formas de vida.
A forma de vida que você pensa que é vem dessa consciência e é sustentada por ela.
Essa consciência é a essência das galáxias mais complexas e das folhas mais simples.
É a essência de todas as flores, árvores, pássaros e demais formas de vida.

A calma é a única coisa no mundo que não tem forma.
Na verdade, ela não é uma coisa nem pertence a este mundo.

Quando você olha num estado de calma para uma árvore ou uma pessoa, quem está olhando?
È algo mais profundo do que você.
A consciência está olhando para a sua própria criação.
A Bíblia diz que Deus criou o mundo e viu que era bom.
É isso que você vê quando olha num estado de calma, sem pensar em nada.

Você precisa saber mais coisas do que já sabe?
Você acha que o mundo será salvo se tiver mais informações, se os computadores se tornarem mais rápidos ou se forem feitas mais análises intelectuais e científicas?
O que a humanidade precisa hoje é de mais sabedoria para viver.
Mas o que é a sabedoria e onde pode ser encontrada?
A sabedoria vem da capacidade de manter a calma e o silêncio interior.
Veja e ouça apenas.
Não é preciso nada além disso.
Manter a calma, olhando e ouvindo, ativa a inteligência que existe dentro de você.
Deixe que a calma interior oriente suas palavras e ações.



3 comentários:

  1. Ola querida, boa noite.
    Obrigada pelas palavras carinhosas lá no blog.
    Você sempre tão delicada.
    Adorei o seu post.
    Preciso aprender a ter esta calma, ouvir a minha alma.
    bjs
    Ana Pierri

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  2. Sandra,
    Querida me desculpe mas só agora soube da Samanta, eu tive um dog alemão que partiu numa vespera de natal, até hoje revejo as fotos ele era tão fotogenico, fazia pose sabia que era fotografado e amado, ele nos amou e durante os anos em que tivemos o previlegio da sua compania
    fomos pessoas melhores, só o tempo, mas a saudade fica.
    Um beijo fique com Deus.
    Ana Pierri

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  3. OI QUERIDAAA,
    Não me agradeça...eu vejo isso em vc...é seu.

    Ahhh...todos nós precisamos ouvir a alma...

    Obrigadaaaa...a Samantha faz muita falta mesmooo...e você falou e traduziu tudo..."fomos pessoas melhores".
    É isso...me sinto uma pessoa melhor por conta dela.
    Obrigada, obrigada, obrigada.bj cuore.
    SAN

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