sábado, 15 de outubro de 2011



ATENÇÃO AO TRABALHO


"Que trabalho chato"!

"Faz de qualquer jeito.”

"Faz do jeito que dá".

"Não te desgasta, é só trabalho".

Quantas vezes você já não ouviu, falou ou pensou uma dessas frases?

Pois saiba que elas são veneno puro.

São frases como essas que fazem com que muitos seres humanos estejam sempre abaixo do que poderiam ter sido.

Elas refletem uma atitude de descuido que, geralmente, contamina toda a vida da pessoa – e faz com que ela viva em "tom menor".

Mas o que elas têm a ver com o tema "atenção ao trabalho"?

Sua relação é direta.

Fazer de qualquer jeito, considerar o trabalho chato é ser desatento.

E quem é desatento está aplicando mal o seu dom mas precioso: a atenção.

A atenção é um filtro que usamos.

E é ela que determina a qualidade de sua vida e do que faz.

Imagine a enorme quantidade de estímulos que sua mente recebe.

Mas, na verdade, ela não consegue lidar com todos esses estímulos simultaneamente.

Está comprovado que só conseguimos "registrar" uma parte do que acontece à nossa volta.

Para selecionar o que registramos, usamos a atenção.

Ela que determina o que é importante.

Um bom exemplo disso é dirigir e falar no celular ao mesmo tempo.

Se estou prestando atenção na conversa, não estarei prestando total atenção no trânsito.

E se acontecer algo imprevisto, meu tempo de reação (de "registro" de um fato novo) será maior do que o normal.

Resultado?

Batida.

Um outro exemplo é o trabalho cotidiano.

Se acho que minhas tarefas são "chatas", estarei ocupando minha mente com essa informação.

Não deixarei entrar novos "registros", que permitirão tornar essas tarefas mais criativas, ou que me deixarão ter novas idéias a partir das tarefas que executo.

Estarei condenado/a pelos meus próprios pensamentos: minhas tarefas são chatas, logo minha vida é chata – porque eu penso que é chata.

Isso cria um ciclo vicioso: acho que é chato, executo sem prestar atenção, não progrido, e passo o resto da vida me "chateando" sempre com as mesmas coisas...



A ATENÇÃO FAZ O INTERESSE


Paradoxalmente, a forma de romper esse ciclo está na própria atenção.

É na atenção concentrada na tarefa que executo que está a mágica de fazer com que qualquer tarefa deixe de ser chata.

Experimente o seguinte.

Pegue aquela tarefa que você considera mais incômoda de todas.

E se concentre absolutamente nela.

Não permita que pensamentos como "êta coisa chata" interfiram.

Não se permita divagar.

Faça, e faça com atenção concentrada.

Você vai perceber que nem sentiu o tempo passar.

E que a tarefa foi executada em menos tempo e com mais qualidade.

Qual é a vantagem disso?

A primeira, e óbvia, é que aumenta sua qualidade de vida, pois reduz os momentos de insatisfação.

A segunda é que cria uma "disciplina" de observar os seus pensamentos.

Mas a terceira vantagem é que é a mais significativa.

Ao aprender a executar as pequenas tarefas, as tarefas desagradáveis com perfeição, você está, na verdade, se treinando para as grandes tarefas e para a liderança.

Porque não pense que a liderança é feita apenas de tarefas agradáveis.

Nada disso – e basta perguntar a alguém que esteja em um posto de liderança para confirmar.

Mas a diferença entre o líder e o comum das pessoas é que o líder, tendo em vista sua meta máxima, se aplica em cada uma de suas tarefas – pequenas ou grandes.

E com isso estabelece um diferencial que faz com que os demais se sintam movidos a seguir sua liderança.

Pense um pouco sobre aqueles líderes que admira, e verá que isso é verdade.

E pense que, se quiser seguir o exemplo que eles dão, terá que aprender a prestar atenção e a fazer bem, mesmo as pequenas tarefas.

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